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Era azul por dentro mas não tão azul como possam imaginar. Era azul à volta pelo lado de dentro o suficiente para reflectir uma espécie de azul profundo, da cor dos lagos espessos, das árvores enormes e dos animais como nuvens no céu e para lá do céu e das outras coisas azuis. Azuis diferentes, diga-se. Azulino a que respeita o estado das coisas em geral, era o que se via do lado de fora, antes de entrar. E cogumelos. Cogumelos venenosos que atapetavam vias comunicantes ladeadas por vendavais.

Por vagas o vento sopra que é como dizer de outra forma insuflar. Contínuo, ondulante e azul. Uma coisa quando aparecesse, vê-se ao longe. Um dia azul, por exemplo, vê-se em todo o lado.


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