30 e um (trinta e um)



Quero ser livre, quero viver a minha vida, disse-me um dia o meu dedo mínimo olhando-me muito sério. Então vive, sê livre, disse-lhe, enquanto conduzia as minhas pernas ao topo de um monte. E foi assim que perdi o meu dedo mínimo. Fez-se à vida nessa mesma tarde. Não me preocupei com o facto, dado que já havia perdido alguns dentes da boca para fora, por causa de discussões sem sentido. Mas um dedo era um dedo ainda que fosse mínimo. Nada lhe disse, contando que voltaria depois da primeira curva na estrada. Também um homem muito alto que vivia na esperança de ser um gigante um dia caiu e nunca mais se levantou. O meu dedo vive em Nova York e é corretor da bolsa. Paciência.

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